A de “” é um grande sucesso na Netflix: as três partes da história que acompanha vividas por Don Massimo Torricelli (Michele Morrone) e Laura (Anna-Maria Siekluck) frequentaram o ranking das mais vistas na plataforma. A história do casal é baseada na trilogia de livros homônima criada pela polonesa , 37.
A autora esteve no Brasil para a divulgação do título “Outros 365 dias”, lançado pela Editora Buzz, que inspirou o lançado na última sexta-feira na plataforma de . Em conversa com Splash, Lipinska falou que a inspiração para a narrativa erótica foi a sua própria vida sexual. Na verdade, a ausência de uma.
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“Eu criei o primeiro livro porque meu ex-namorado não queria fazer sexo comigo”, contou. “E eu sou muito bonita e boa de cama, afinal para escrever um livro desses você tem que ser boa de cama.”
A escritora disse que chegou a consultar especialistas para entender o porquê do ex-companheiro não querer transar com ela.
“Segundo me disseram, quando ele começou a me amar, ele nunca tinha amado ninguém antes, nunca tinha tido uma namorada. O que ele conhecia de era apenas pela mãe e pela irmã. Quando ele começou a me amar, me colocou no mesmo lugar em seu coração que estavam as duas, então parou de sentir desejo por mim.”
“Isso se chama ‘Amor Branco’ e é uma condição que existe. Há pessoas que vivem em relacionamentos assim por anos, mas só funciona se os dois querem isso, e eu não queria. Eu tinha 29 anos, era uma mulher saudável e bonita. Queria me sentir mulher”, disse.
Blanka Lipinska contou que, em decorrência da falta do desejo do então namorado, ela começou a ter raiva. “Eu não me sentia suficientemente sexy para ele”.
Blanka Lipinska, autora do livro '365 Dias' veio ao Brasl para participar da Bienal do Livro em São Paulo Imagem: Divulgação
Para suprir a falta de sexo, a polonesa lia muitos livros eróticos. “Era um por dia, e dos grandes, porque eu queria encontrar aquele tipo de emoção na minha vida. Mas todos aqueles títulos eram horríveis, com uma história estranha e um sexo vergonhoso.”
Eu assistia a filmes pornôs e me masturbava, mas nós mulheres gostamos de saber todos os detalhes: o que ela estava pensando naquele momento? Onde ele colocou a mão?Blanka Lipinska
A vontade de ter uma obra que fosse do seu gosto fez com que Lipinska escrevesse a história picante sobre um italiano mafioso que sequestra uma jovem polonesa e promete fazê-la se apaixonar por ele em 365 dias. A narrativa teve os direitos comprados pela Netflix e hoje é um dos maiores sucessos da plataforma.
E o ex?
Ao ser questionada se chegou a conversar com o ex-namorado depois do lançamento de “365 dias”, Blanka Lipinska deu risada e respondeu: “Há pouco tempo eu fiquei sabendo que ele se orgulha de ter sido a razão dos livros existirem. Mas, também descobri que ele tem mentido para as garotas que ele tem saído.”
“Ele diz a elas que eu me inspirei nele para escrever. E sim, ele foi a minha inspiração para falar de Martin, o namorado careca de Laura, aquele do começo do filme, quando ela está em uma relação sem graça e quer algo novo. Ele é muito parecido com o ator [Mateusz Lisowski] até, se parecem. Então, ele foi inspiração, mas não para o Massimo, como ele gosta de dizer.”
'365 Dias Finais' encerra a polêmica trilogia da Netflix Imagem: Divulgação/Netflix
Cenas de Sexo
A intenção de mudar o cenário erótico não para por aí e, segundo contou a Splash, a autora pretende também começar a criar filmes pornográficos – com sexo explícito – voltados ao público feminino. “Eu tenho essa ideia, afinal mulheres também gostam, mas preferem coisas muitas vezes diferentes do que os homens gostam. Então, por isso, talvez eu me aventure por esse caminho ainda.”
Enquanto o desejo não se concretiza, Lipinska é diretora das cenas de sexo dos filmes, que podem não ser explícitas, mas são bastante picantes. “Imaginar algo e colocar em um livro já não é fácil. Colocar em um filme é ainda mais difícil, porque você não pode só deixar a sua imaginação te levar. “
Para ter todas as sequências sexuais da maneira como elas foram imaginadas, a autora ensaiava as posições com o diretor Tomasz Mandes. “São até 30 pessoas no set, então a gente mostra exatamente como os atores ficarão. Daí o responsável pelo já sabe onde tem que ficar, assim como o câmera e o diretor de fotografia. Esse é o chamariz do filme, tem que ser bem feito.”
“Depois, com os atores no set, todos ficam muito focados e com o mínimo de pessoas possível no local, porque eles têm que se sentir confortáveis. Eles usam algumas proteções, mas ao mesmo tempo, estão pelados. Além disso, estão lá para mostrar a coisa mais privada de suas vidas, que é o sexo.”
Terceiro livro
Inicialmente, as obras literárias eram divididas em apenas duas partes, o primeiro e o segundo livro. No entanto, por influência de umas de suas melhores amigas, Lipinska mudou o rumo da história.
“O final do segundo título, ‘365 dias: Hoje’, era totalmente diferente. Ao final, Laura acordava e tudo que ela tinha vivido era um sonho. E quando minha amiga, Ana, leu o livro há uns anos, me ligou às 4 da manhã para me xingar. Eu atendi ela gritando, fiquei preocupada. Ela dizia que me odiava e que nunca mais falaria comigo se eu terminasse a história daquele jeito.”
No dia seguinte da ligação, a autora entrou em contato novamente com a amiga e, ao conversarem sobre o texto, percebeu que era preciso mudar o rumo da narrativa. “Por isso que, no começo do livro, eu agradeço aos meus pais e à Ana.”
Laura e Massimo se casam no começo do segundo filme de '365 dias' Imagem: Karolina Grabowska/Netflix
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