veja o que diz a juíza ao determinar a prisão de Lauremília Lucena

Lauremília Lucena é presa pela Polícia Federal. Alexandre Frazão/TV Cabo Branco

A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, e sua secretária particular, Maria Tereza, teriam participado ativamente do esquema criminoso investigado na Operação Território Livre, que apura o aliciamento violento de eleitores durante o processo eleitoral. Elas foram presas neste sábado (28), durante a terceira fase da Operação Território Livre.

Segundo a decisão que autorizou as prisões, e que o Jornal da Paraíba teve acesso, as duas investigadas teriam desempenhado “papéis centrais na nomeação de pessoas ligadas ao esquema criminoso, mediante acordos ilegais com membros de facção criminosa”.

“verifico a necessidade de garantir a ordem pública, pautando-me pelo risco iminente de comprometimento do pleito eleitoral (…) hava vista o envolvimento dessas com organização criminosa de alta periculosidade”, diz trecho da decisão assinada pela juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, responsável pela 64ª Zona Eleitoral,

A decisão também aponta a cooptação de funcionários públicos e cargos comissionados na Prefeitura de João Pessoa, com indicações fraudulentas e promessas de gratificações indevidas, além de ameaças a eleitores e opositores.

Entre as provas colhidas pela Polícia Federal, há um diálogo da vereadora Raissa Lacerda – presa na segunda fase das investigações -, com Tereza Cristina, em que faz pedido explícito para substituição de uma nomeação por outra. A esposa de um integrante de facção preso deveria ser nomeada no lugar dele.

“A investigação revelou que a influência do crime organizado sobre o pleito eleitoral e a dilapidação do erário público continuam presentes, colocando em risco a integridade do processo eleitoral”, diz outro trecho da decisão.

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