‘não enclausurados atrás de telas’

Onaldo Queiroga, novo desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba. Felipe Nunes

O novo desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Onaldo Rocha de Queiroga, disse nesta segunda-feira (14), em entrevista à Rádio CBN João Pessoa, que os magistrados não devem ficar isolados atrás de um computador, mas exercendo a Justiça dentro de suas respectivas comarcas, perto das pessoas. O magistrado, que era da 5ª Vara Cível da Comarca da Capital, passou a ocupar uma das vagas pelo critério de antiguidade.

Segundo ele, uma das suas principais missões no novo cargo será a busca pela celeridade processual, com um olhar humano. “Não podemos ser transformados em robôs. É uma era digital, mas o grande desafio do mundo hoje é fazer essa transição de forma equalizada entre o virtual e processual”, disse.

O novo desembargador enalteceu a digitalização dos sistemas como um passo fundamental para a celeridade processual, no contexto do sistema de Processo Judicial Eletrônico, ponderando que é preciso ter um olhar sensível para as causas sociais e promover uma aproximação entre o Poder Judiciário e as pessoas.

“Com o advento da digitalização o juiz quer ficar enclausurado por trás de uma tela, em casa, por isso o CNJ precisa estar mais presente. Os juízes têm que estar na comarca, pois passaram em um concurso público sabendo disso. É importante a presença, pois na comarca ele tem a a possibilidade de conviver com as pessoas, sentir a cultura daquele povo e ter mais condições de decidir um processo”, avaliou.

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