Novo aterro de inertes de Gericinó – Divulgação / Comlurb Um marco histórico rumo à descarbonização e à gestão climática na limpeza urbana do Rio de Janeiro, a Comlurb acaba de concluir o primeiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de sua história, adotando um protocolo de medição e gestão de carbono. O estudo inédito vai permitir planejar a redução de emissões de gases de efeito estufa e alinhar ações e investimentos em novas tecnologias limpas e parâmetros concretos de sustentabilidade.
O trabalho, desenvolvido pela Coordenadoria de Sustentabilidade da Companhia, representa um passo essencial para alinhar a companhia à Lei Federal nº 15.042/2024, que regula os limites de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, bem como a comercialização de ativos que representam a emissão, redução da emissão ou remoção desses gases.
O inventário teve como base os dados do ano de 2024 e seguiu as metodologias do GHG Protocol e da ISO 14064-1, abrangendo emissões diretas e indiretas. Foram avaliadas mais de 180 unidades operacionais da Comlurb, incluindo os aterros desativados de Gramacho, Gericinó e Santa Cruz, o Ecoparque do Caju, que concentra os projetos sustentáveis da Companhia, todas as estações de transferência de resíduos (ETR), além da Fábrica Aleixo Gary, responsável pelo reaproveitamento e produção de diversos equipamentos e utensílios usados na limpeza urbana, além da sede administrativa, na Tijuca.
Os resultados apontam um total de 712.773 toneladas de CO₂ equivalente (tCO₂e) emitidas em 2024, 94% relacionadas à decomposição de resíduos nos aterros. 4,3% correspondem à frota veicular da companhia, e 1,7% nas demais fontes (energia elétrica, efluentes e emissões fugitivas).
– Esses números consolidam o inventário como um diagnóstico detalhado da pegada de carbono da Comlurb. Com isso, a Companhia entra em uma nova fase da sua agenda climática, consolidando seu protagonismo. A Comlurb ainda reafirma seu compromisso com a transparência, a eficiência ambiental e a inovação, contribuindo diretamente para as metas de descarbonização da cidade do Rio de Janeiro – destaca Marcelo Sicri, Coordenador de Sustentabilidade da Comlurb.
As próximas etapas incluem treinamento das equipes internas para manutenção e atualização anual do inventário; definição de metas de descarbonização, com base nos dados obtidos; e a ampliação do uso de biocombustíveis e biometano na frota, medida que pode reduzir em até 99% as emissões fósseis.
Neste ano, a Comlurb deu início ao processo de descarbonização ao adquirir uma nova frota de 100 caminhões compactadores, movidos a biometano, que serão abastecidos com o combustível renovável produzido a partir do lixo gerado no próprio município no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica. Os novos caminhões serão usados na coleta domiciliar.
– A iniciativa simboliza o fechamento do ciclo da economia circular, em que o resíduo se transforma em energia limpa para abastecer a frota, promovendo uma redução expressiva nas emissões de carbono e consolidando a Comlurb como referência nacional em descarbonização do setor público – conclui Sicri.
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